quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Acréscimo do volume de exportações


Acréscimo do volume de exportações


O incremento da globalização verificado nas últimas décadas tem permitido aos muitos milhões de seres humanos saírem de situações de pobreza absoluta. A industrialização dos países asiáticos criou condições de competitividade que ameaçam os sectores exportadores clássicos dos países ocidentais, apesar do esforço de inovação e produtividade predominante nestes sectores.


Com a evolução natural das economias, novos equilíbrios se criarão mas há que assegurar, pelo menos transitoriamente, a manutenção dessas actividades exportadoras em condições de competitividade. Há que criar um Estatuto de Empresa Exportadora dando às empresas que, beneficiam desse Estatuto, condições de funcionamento que tornem a sobrevivência possível, possibilitando-lhes mesmo, o desenvolvimento das actividades viáveis em novos mercados com o aproveitamento do know – how acumulado ao longo dos anos.

Será possivelmente necessária imaginação para não infringir regras internacionais, mas temos que dar a estes sectores condições específicas que lhes permitam competir com os países em desenvolvimento. Favorecer as empresas fortemente exportadoras não é propriamente uma novidade, mas os caminhos seguidos têm sido casuísticos e anárquicos. Carecemos de uma metodologia inteligente e eficaz.

Deveríamos dentro do possível, favorecer as condições de exploração e menos o investimento. A experiência demonstra que apoios ao investimento, sem ter em conta a exploração, levam facilmente à deslocalização.

A energia, o tratamento de efluentes, a segurança social e a fiscalidade para estas empresas têm que ser estudadas em função dos nossos concorrentes e não em função do quadro nacional resultante da evolução politica e social interna.

Não propomos nada em concreto. Propomos sim uma mudança de atitude e um raciocínio adequado às circunstâncias. O que não parece possível é querer fomentar a actividade exportadora e, simultaneamente, manter o país numa situação de isolamento no que respeita a estruturas de transporte básicas.

O nosso principal cluster de exportação é o turismo, a zona de localização por excelência de empresas estrangeiras de vocação exportadora é a zona de Lisboa, Setúbal e Sines com três portos de mar e um novo aeroporto. O nosso mercado interno será, numa primeira aproximação, a Ibéria e, numa perspectiva mais alargada, a União Europeia.

A zona norte do país deverá esforçar-se por ser um pólo de desenvolvimento tecnológico. As Universidades do norte demonstram capacidade tecnológica que deverá ser desenvolvida, mas é evidente que o sul tem capacidades logísticas invulgares.

Raciocinemos a frio sem paixões argumentativas de carácter eleitoral. Queremos ser um país endividado com futuro e ambição ou endividado a caminho do empobrecimento?

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